sábado, 23 de agosto de 2008

REQUIÉM


Depois de algum tempo afastado estou retomando os trabalho por aqui. Dessa vez compartilho como vocês algumas informações sobre uma Missa Requiém e sobre a composição de MOZART.



Termo
Missa especialmente composta para um funeral. Na música, contém passagens bíblicas e orações para a entrada dos mortos no céu. O termo (réquiem) tem sido ocasionalmente associado a outras composições musicais em honra aos mortos. Os Réquiems mais famosos foram compostos por Mozart, Brahms, Berlioz e Verdi.


Origem
O termo foi retirado da expressão requiem aeternam dona eis, que significa 'dai-lhes o repouso eterno'.


Letra de Música
Abaixo, segue-e a letra da música de Mozart e sua respectiva tradução ao Português:

REQUIEM

I. Introitus

Requiem aeternam dona eis, Domine, Repouso eterno dá-lhes, Senhor

Et lux perpetua luceat eis. E luz perpétua os ilumine

Te decet hymnus, Deus, in Sion, Tu és digno de hinos, ó Deus, em Sião

et tibi reddetur votum in Jerusalem: E a ti rendemos homenagens em Jerusalém:

Exaudi orationem meam, Ouve a minha oração,

ad te omnis caro veniet. Diante de Ti toda carne comparecerá

Requiem aeternam dona eis, Domine, Repouso eterno dá-lhes, Senhor

Et lux perpetua luceat eis. E luz perpétua os ilumine


II. Kyrie

Kyrie eleison. Senhor, tem piedade

Christe eleison. Cristo, tem piedade

Kyrie eleison. Senhor, tem piedade


III. Sequentia

1 - Dies irae

Dies irae, dies illa Dia de ira, aquele dia

Solvet saeclum in favilla No qual o mundo se tornará em cinzas

Teste David cum Sibylla Assim testificam Davi e Sibila

Quantus tremor est futurus, Quanto temor haverá então,

Quando judex est venturus, Quando o Juiz vier

Cuncta stricte discussurus. Para julgar com rigor todas as coisas.


2 - Tuba mirum

Tuba mirum spargens sonum A trombeta poderosa espalha seu som

Per sepulcra regionum, Pela região dos sepulcros,

Coget omnes ante thronum. Para juntar a todos diante do trono.




Mors stupebit et natura A morte se espantará, como a natureza

Cum resurget creatura, Com as criaturas que ressurgem,

Judicanti responsura. Para responderem ao juízo.




Liber scriptus proferetur, Um livro será trazido,

In quo totum continetur, No qual tudo está contido,

Unde mundus judicetur. Pelo qual o mundo será julgado.




Judex ergo cum sedebit, Logo que o juiz se assente,

Quidquid latet apparebit: Tudo o que está oculto, aparecerá:

Nil inultum remanebit. Nada ficará impune.




Quid sum miser tunc dicturus? O que eu, miserável, poderei dizer?

Quem patronum rogaturus, A que patrono recorrerei,

Cum vix justus sit seccurus? Quando apenas o justo estará seguro?


3 - Rex tremendae

Rex tremendae majestatis, Ó Rei, de tremenda majestade,

Qui salvandos salvas gratis, Que ao salvar, salva gratuitamente,

Salva me, fons pietatis. Salva a mim, ó fonte de piedade.


4 - Recordare

Recordare, Jesu pie, Lembra-te, ó Jesus piedoso,

Quod sum causa tuae viae, Que fui a causa de tua peregrinação,

Ne me perdas illa die. Não me perca naquele dia.




Quaerens me, sedisti lassus Procurando-me, ficaste exausto

Redemisti Crucem passus Me redimiste morrendo na cruz

Tantus labor non sit cassus. Que tanto trabalho não seja em vão.




Juste judex ultionis, Juiz de justo castigo,

Donum fac remissionis Dai-me o dom da remissão

Ante diem rationis Antes do dia da razão




Ingemisco tamquam reus Choro e gemo como um réu

Culpa rubet vultus meus A culpa enrubesce meu semblante

Supplicanti parce, Deus. A este suplicante poupai, ó Deus.




Qui Mariam absolvisti, Tu, que absolveste a Maria,

Et latronem exaudisti E ao ladrão ouviste,

Mihi quoque spem dedisti. A mim também deste esperança.




Preces meae non sunt dignae Minhas preces não são dignas

Sed tu bonus fac benigne, Sê bondoso e faça misericórdia,

Ne perenni cremer igne. Que eu não queime no fogo eterno.




Inter oves locum praesta Dai-me lugar entre as ovelhas

Et ab haedis me sequestra E afastai-me dos bodes

Statuens in parte dextra. Que eu me assente à Tua direita.


5 - Confutatis

Confutatis maledictis Condenados os malditos

Flammis acribus addictis E lançados às chamas devoradoras

Voca me cum benedictis Chama-me junto aos benditos




Oro supplex et acclinis Oro, suplicante e prostrado

Cor contritum quasi cinis O coração contrito, quase em cinzas

Gere curam mei finis. Tomai conta do meu fim.


6 - Lacrimosa

Lacrimosa dies illa Dia de lágrimas será aquele

Qua resurget ex favilla No qual os ressurgidos das cinzas

Judicandus homo reus. Serão julgados como réus.




Huic ergo parce, Deus A este poupa, ó Deus

Pie Jesu Domine Piedoso Senhor Jesus

Dona eis requiem, Amen. Dá-lhes repouso. Amém.


IV. Offertorium

1 - Domine Jesu Christe

Domine Jesu Christe, Rex gloriae, Senhor Jesus Cristo, Rei da Glória

Libera animas omnium fidelium defunctorum Liberta as almas de todos os que morreram fiéis

de poenis inferni et de profundo lacu: das penas do inferno e do lago profundo:

Libera eas de ore leonis, Libertai-as da boca do leão

Ne absorbeat eas tatarus, ne cadant in obscurum: Que não sejam absorvidas no inferno, nem caiam na escuridão:

Sed signifer sanctus Michael repraesentet eas in lucem sanctam: Mas que o arcanjo santo Miguel as introduza na luz santa:

Quam olim Abrahae promisiti et semini ejus. Conforme prometeste a Abraão e à sua descendência.


2 - Hostias

Hostias et preces tibi, Domine, laudis offerimus: Sacrifícios e preces a Ti, Senhor, oferecemos com louvores:

Tu suscipe pro animabus illis, Recebe-os em favor daquelas almas,

quarum hodie memoriam facimus: Das quais hoje nos lembramos:

Fac eas, Domine, de morte transire ad vitam. Fazei-as, Senhor, da morte passarem para a vida.

Quam olim Abrahae promisisti et semini ejus. Conforme prometeste a Abraão e à sua descendência.


V. Sanctus

Sanctus, Sanctus, Sanctus Dominus, Deus Sabaoth. Santo, Santo, Santo, Senhor Deus dos Exércitos.

Pleni sunt coeli et terra gloria tua. Cheios estão os céus e a terra da Tua glória

Hosanna in excelsis. Hosana nas alturas.


VI. Benedictus

Benedictus, qui venit in nomine Domini Bendito o que vem em nome do Senhor

Hosanna in excelsis. Hosana nas alturas.


VII. Agnus Dei

Agnus Dei, qui tollis peccata mundi: donna eis requiem. Cordeiro de Deus que tira os pecados do mundo, dai-lhes o repouso.

Agnus Dei, qui tollis peccata mundi: donna eis requiem sempiternam. Cordeiro de Deus que tira os pecados do mundo, dai-lhes o repouso eterno.


VIII. Communio

Lux aeterna luceat eis, Domine: Que a luz eterna os ilumine, Senhor:

Cum Sanctis tuis in aeternum: quia pius es. Com os teus santos pela eternidade: pois és piedoso.

Requiem aeternam dona eis, Domine: Repouso eterno dá-lhes, Senhor:

Et lux perpetua luceat eis. E que a luz perpétua os ilumine.

Cum Sanctis tuis in aeternum: quia pius es. Com os teus santos pela eternidade: pois és piedoso.

quarta-feira, 6 de agosto de 2008

Gustave Doré

Paul Gustave Doré (Estrasburgo, 6 de janeiro de 1832 — Paris, 23 de janeiro de 1883) foi um pintor, desenhista e o mais produtivo e bem-sucedido ilustrador

francês de livros de meados do século XIX. Seu estilo se caracteriza pela inclinação para a fantasia, mas também produziu trabalhos mais sóbrios, como os notáveis estudos sobre as áreas pobres de Londres, realizados entre 1869 e 1871.


Vida e obra

Filho de um engenheiro, começou a desenhar já aos treze anos suas primeiras litogravuras e aos catorze publicou seu primeiro álbum, intitulado "Les travaux d'Hercule" (Os Trabalhos de Hércules). Aos quinze anos engajou-se como caricaturista do "Journal pour rire", de Charles Philipon. Neste mesmo ano - 1848 - estreou no Salão com dois desenhos a pena.
Em 1849, com a morte do pai, já reconhecido apesar de contar apenas dezesseis anos. Passa a maior parte do tempo com a mãe. Em 1851 realiza algumas esculturas com temas religiosos e colabora em diversas revistas e com o "Journal pour tous".
Em 1854 o editor Joseph Bry publica uma edição das obras de Rabelais, contendo uma centena de gravuras feitas por Doré. Entre 1861 a 68 realiza a ilustração d’A Divina Comédia, de Dante Alighieri
Após algum tempo desenhando diretamente sobre a madeira e tendo seus trabalhos gravados por amigos, iniciou-se na pintura e na escultura, mas suas obras em tela e esculturas não fizeram tanto sucesso como suas ilustrações em tons acinzentados e altamente detalhadas.
Com aproximadamente 25 anos, começou a trabalhar nas ilustrações de O Inferno de Dante. Em 1868, Doré terminou as ilustrações de O Purgatório e de O Paraíso, e publicou uma segunda parte incluindo todas as ilustrações de A Divina Comédia.
Sua paixão eram mesmo as obras literárias. Ilustrou mais de cento e vinte obras, como os Contos jocosos, de Honoré de Balzac (1855);Dom Quixote de la Mancha, de Miguel de Cervantes (1863);O Paraíso Perdido, de Milton; Gargântua e Pantagruel, de Rabelais; O Corvo, de Edgar Allan Poe; a Bíblia; A Balada do Velho Marinheiro, de Samuel Taylor Coleridge; contos de fadas de Charles Perrault, como Chapeuzinho Vermelho, O Gato de Botas, A Bela Adormecida e Cinderela, entre outras obras–primas. Ilustrou também alguns trabalhos do poeta inglês Lorde Byron, como As Trevas e Manfredo.
Em 1869, Doré foi contratado para ilustrar o livro Londres: Uma Peregrinação, muito criticado por, supostamente, retratar apenas a pobreza da cidade. Mas apesar de todas as críticas, o livro foi um sucesso de vendagem na Inglaterra, valorizando ainda mais o seu trabalho na Europa. Ganhou muito dinheiro ilustrando para diversos livros e obras públicas, mas nunca abriu mão dos trabalho desenvolvidos apenas para seu prazer pessoal.
Gustave Doré morreu aos 51 anos, pobre, pois todo o dinheiro que havia ganho com o seu trabalho foi utilizado para quitar diversas dívidas, deixando incompletas suas ilustrações para uma edição não divulgada de Shakespeare, entre outros trabalhos.


Legado

Gustave Doré foi um marco na arte da ilustração, influenciando os ilustradores que o sucederam.
Na pintura encontram-se suas principais obras: L'Enigme (hoje no Musée d'Orsay) e Le Christ quittant le prétoire (1867-72), um painel medindo 6 metros de altura por 9 de comprimento. Este quadro foi restaurado entre 1998-2003, pelo Museu de Arte Moderna e Contemporânea de Estrasburgo, num salão dedicado a este fim e que ficou aberto à visitação durante todo o trabalho.
Em 1931 Henri Leblanc publicou um catálogo que procedeu ao inventário completo das obras de Doré, contendo 9.850 ilustrações, 68 libretos musicais, 5 cartazes, 51 litografias originais, 54 sumi-e, 526 desenhos, 283 aquarelas, 133 pinturas e 45 esculturas.

Principais obras ilustradas por Gustave Doré

Gustave Doré ilustrou mais de cem obras-primas da literatura universal. Dentre estas, destacam-se:

François Rabelais : œuvres, éd. J. Bry, 1851, 104 ill.
Condessa de Ségur : Nouveaux contes de fées, Hachette, 1857, 20 vign.
Hippolyte Taine : Voyage aux Pyrénées, 1858
Dante Alighieri : A Divina Comédia, 1861, 136 ill. et L'Enfer.
Gottfried August Bürger : Münchhausen, Frune, 1862, 158 ill.
Miguel de Cervantes : Don Quixote, 1863, 377 ill.
Maxwell : Sindbad, o marinheiro, 1865
Théophile Gautier : Le Capitaine Fracasse, 1866, 60 ill.
Victor Hugo : Les travailleurs de la mer, 1867, 22 ill.
Jean de La Fontaine : Fábulas, 1868, 248 ill.
Bíblia : tradução de Bourassé e Janvier, apelidada de Bible de Tours, 1843
Samuel Coleridge : The rime of the Ancient Mariner, 1876
Lord Byron : l'œuvre, éd. J. Bry.
Charles Perrault : contos (Barba-Azul, Cendrillon, Le Chat botté, Chapeuzinho Vermelho, O Pequeno Polegar, Riquet à la houppe).








segunda-feira, 4 de agosto de 2008

100 Personalidades da História

A idéia desta caricatura é genial, são 100 personagens históricos reunidos numa mesma tela.

O desafio é descobrir quem são.......


domingo, 3 de agosto de 2008

Inicio de Semana....


Inicio

.......não sei exactamente o que escrever aqui mas fica registrado que todo o conteúdo neste local a partir de agora será o que eu bem entender então se alguém se sentir ofendido, sinto muito mas continuarei deste modo mesmo...não é nada pessoal......tudo é intencional sei lá